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Corporeidade e Educação


CORPOLATRIA: “O culto ao corpo”



O homem é um ser formado por uma base biológica, logo, podemos dizer que a natureza é conjunto de suas relações sociais. Ele é representado a partir do aspecto de como vive e se comporta na sociedade diante os bens materiais e simbólicos.
Na sociedade capitalista, a força de trabalho do ser humano, a arte, o desejo, se transformam em mercadorias, pois geram lucros. Neste contexto de mercadorização das coisas, o corpo se coisifica, tornando-se uma mercadoria.
A mercantilização corporal é produzida pela compra da força de trabalho; onde o ser se resume em mão-de-obra; pelo padrão de beleza, pelo consumismo e por normas de comportamento social. Ela gera a sociabilidade, que é uma construção histórica que envolve o modo de vida em sociedade e as relações de poder, ditando a maneira padronizada de pensar, sentir e agir que devem dominar as relações sociais; isto autentica a sociedade capitalista desigual e hierarquizada, que naturaliza a pobreza e a exploração.
O corpo mercantilizado tem expressões bem delineadas, mas restritas, pois sem autonomia se fecha em imagens e perfis inatingíveis para muitos.
Na corpolatria (corpo + idolatria = corpolatria), se queremos alcançar o padrão de beleza, por exemplo, temos que nos penitenciar em academias de ginásticas, spa's, clínicas estéticas, na indústria da moda. Quem não tem condições financeiras para aderir a tais penitências, se sacrifica de outras maneiras até mais agressivas ao organismo.
A difusão desse padrão cultural em torno da corporeidade tende a gerar doenças psicosociais, envolvendo jovens, adolescentes e até crianças. A anorexia é uma delas. Acometidos por esta doença se veem gordos apesar de estarem magérrimos. A visão distorcida da auto-imagem gera uma negação permanente do ato de se alimentar. O processo de agravamento da doença, além de gera uma baixa auto-estima, tende a levar a morte.  A bulimia é outra doença também de destaque. Os bulêmicos, diferentemente dos anorexos, não negam a comida, mas quando se alimentam adotam mecanismos de eliminação, seja através do vômito ou de laxantes para evitar que haja um ganho de peso corporal com o que foi consumido. Trata-se de uma doença menos letal que a anorexia, mas não menos nociva à vida. Avaliamos que os meios de comunicação se constituíram no principal meio de difundir a corpolatria, pois ditam comportamentos, instituem “verdades” e emitem valores.
Cabe aos educadores nortearem as crianças, mostrando-lhes a alienação que a sociedade capitalista imputa ao ser humano, falando-lhes da importância da formação de seres autônomos, capazes de julgar e decidir criticamente sobre suas opções para amenizar os efeitos de indiferença causados por esta sociedade manipuladora.
Quanto aos transtornos alimentares, julgamos que a escola deve orientar pais e alunos de maneira sistemática, sobre os riscos que a corpolatria pode gerar.


Fontes:
http://oprodutor.com/blog/?p=1358

BERGER, Mirela. Mídia e espetáculo no culto ao corpo: corpo miragem. Espírito Santo, 2007.



Este vídeo é super interessante..     
mostra como o culto ao corpo vem crescendo..        
histórica e mundialmente!